Mauro vê “indícios estranhos” e defende investigação sobre compra de R$7 bi em arroz que derrubou Neri

Mauro vê “indícios estranhos” e defende investigação sobre compra de R$7 bi em arroz que derrubou Neri

Conteúdo/ODOC – O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), manifestou apoio à investigação de supostas fraudes ocorridas no leilão internacional de compra de arroz organizado pelo Governo Federal. O escândalo resultou na exoneração do ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller (PP).

Mendes destacou que há indícios “estranhos” no leilão, mencionando que entre as empresas vencedoras estavam uma sorveteria e uma locadora de automóveis. A Foco Corretora, que representou quatro das empresas vencedoras, pertence a Robson Almeida de França, ex-assessor de Neri Geller.

“Não associe o nome de Mato Grosso; são pessoas que, se cometeram algum crime, devem ser investigadas. Os indícios, no mínimo, são suspeitos. Mas não quero condenar ninguém injustamente. Cabe aos órgãos responsáveis investigar e determinar se houve irregularidades”, declarou Mendes.

O leilão, realizado como resposta às perdas de safra de arroz causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, visava a compra de 263 mil toneladas do grão, num total de mais de R$ 7 bilhões. No entanto, devido às suspeitas de irregularidades, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) decidiu anular o certame.

Mendes ressaltou a peculiaridade dos perfis das empresas vencedoras: “Como qualquer cidadão, vejo com certa estranheza o tipo e perfil das empresas que ganharam um leilão de tal magnitude, como o leilão de arroz”.

As suspeitas levaram à convocação de Neri Geller e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), para prestarem esclarecimentos à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara Federal.

A investigação está em andamento para esclarecer as possíveis irregularidades no processo de seleção das empresas vencedoras, além de examinar o papel de indivíduos envolvidos.

O leilão visava assegurar o abastecimento de arroz no mercado interno, diante da crise agrícola enfrentada pelo Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no país, afetado por graves inundações. Porém, as suspeitas de fraude lançaram dúvidas sobre a transparência do processo.

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